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Férias escolares: a criança com artrite idiopática juvenil pode ter férias sem dor, com tratamento imunobiológico adequado

Também conhecida como artrite reumatoide juvenil e artrite crônica da infância, a artrite idiopática juvenil é uma doença inflamatória crônica e sua principal manifestação clínica é a artrite. Pacientes acometidos pela doença podem sentir dores, aumento do volume e de temperatura de uma ou mais articulações, podendo acometer, também, outros órgãos, como os olhos, A doença acomete crianças e adolescentes até os 16 anos, e isso significa que, sim, essa faixa etária também pode sofrer de artrite.

Não há estatísticas no Brasil, mas na Europa a cada mil crianças, de 0,1 a 2 são acometidas pela artrite idiopática juvenil, o que significa que esta não é uma doença rara. De acordo com o reumatologista Júlia Yonseshigui, do CID Grupo, a artrite idiopática juvenil não tem uma causa exata conhecida, mas acredita-se que a artrite é desenvolvida em crianças geneticamente predispostas após estresse psicológico, alteração hormonal, trauma articular ou infecção viral ou bacteriana.

“A artrite idiopática juvenil não é uma doença contagiosa. As crianças ou adolescentes podem frequentar a creche, a escola, clube e piscina normalmente. Em algumas crianças, a dor pode ser mínima ou até inexistente. Mas a interrupção do tratamento, sem orientação médica, pode provocar piora da inflamação, deformidades articulares irreversíveis, destruição da cartilagem e piora da capacidade física. Os pais devem estar muito atentos, inclusive em relação ao emocional do paciente”, explica a reumatologista do CID Grupo.

Os tipos de artrite idiopática juvenil

São 3 os principais tipos de artrite idiopática juvenil:

• Artrite idiopática juvenil oligoarticular: neste caso são acometidas até 4 articulações, com mais incidência sobre joelhos e tornozelos. Muitas vezes os olhos podem ficar inflamados (uveíte) e é preciso consultar um oftalmologista porque há risco de glaucoma, catarata e mesmo diminuição da visão.

• Artrite idiopática juvenil poliarticular: 5 ou mais articulações são acometidas, principalmente joelhos, tornozelos, quadris, punhos, cotovelos, mãos e pés.

• Artrite idiopática juvenil sistêmica: a artrite é associada a febre alta, com um ou dois picos diários de 39º. O paciente pode apresentar serosite, ou seja, inflamação da pleura e do pericárdio, com dor no peito e dificuldade de respiração, além de aumento do fígado e baço.

Tratamento e férias com qualidade de vida

Sim, a doença tem tratamento e é possível recuperar a qualidade de vida perdida. O tratamento objetiva o fim da dor, evitar deformidades e promover o crescimento da criança com bem-estar e qualidade de vida. “A boa notícia é que os tratamentos estão avançados e temos muitos casos aqui no CID Grupo de pacientes que entraram em remissão, com controle total da doença”, revela a Dra. Júlia.

Segundo ele, a fisioterapia é fundamental, além de medicamentos específicos, receitados caso a caso. “O tratamento proposto pelo CID Grupo é individualizado, e pode incluir consultas psicológicas. Para pacientes com má resposta às medicações, contamos com as novas terapias biológicas, como etanercepte e adalimumabe. Elas são aplicadas de forma subcutânea ou endovenosa e temos tido respostas excelentes. Os pacientes podem passar as férias sem dor e com qualidade de vida”, garante a médica.


Vacina da gripe e doenças autoimunes. Qual a relação?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% de toda a população mundial é infectada todos os anos pelo vírus influenza, sendo que 1,2 bilhão de pessoas correm um risco elevado de desenvolver complicações decorrentes da doença. Daí a necessidade da vacinação em massa contra a gripe. Estudos apontam, no entanto, que a taxa de cobertura vacinal é inferior a 50% na maioria dos países.

Todos somos suscetíveis à infecção pelo vírus influenza, mas os médicos alertam que alguns grupos são mais propensos a desenvolver formas graves da doença, como, por exemplo, pacientes de doenças crônicas e imunossuprimidos. Entre os 1,2 bilhão de pessoas que correm risco elevado de desenvolver complicações decorrentes da Influenza, aponta a OMS, 700 milhões são crianças e adultos com alguma doença crônica.

É importante pontuar que as vacinas disponíveis, inclusive no Brasil, não têm restrições de uso para pacientes de doenças autoimunes.

A importância da vacinação

“Não há dúvida alguma que a vacinação é um dos melhores meios de prevenção contra doenças infecciosas, e algumas delas são de extrema importância para pacientes acometidos por doenças autoimunes. Estas pessoas têm o sistema imunológico comprometido e, por isso, são as que mais precisam se vacinar e investir em métodos preventivos”, afirma a reumatologista Ingrid Moss, do CID Grupo.

A reumatologista explica que a vacinação é a injeção de um produto não-tóxico, que estimula a pessoa a produzir anticorpos, prevenindo o desenvolvimento de doenças contra o patógeno sobre o qual o paciente foi vacinado. “Mas é sempre muito importante pontuar que embora a vacinação traga prevenção individual a quem se vacinou, ajuda toda a comunidade na redução de casos de uma determinada doença. Por meio da vacinação em massa é possível até erradicar certas doenças”, destaca a Dra. Ingrid.

A relação da vacinação com doenças reumáticas e autoimunes

A médica do CID Grupo explica que pacientes com doenças reumatológicas autoimunes têm uma propensão maior ao desenvolvimento de infecções porque seu sistema imunológico é mais fraco. “Mesmo em tratamento, as medicações imunossupressoras também podem comprometer a defesa do organismo. Por isso, a vacinação tem uma forte relação com doenças autoimunes. Recomendamos fortemente que estes pacientes mantenham suas vacinas em dia, sempre consultando previamente o reumatologista”, diz a Dra. Ingrid.

A reumatologista alerta que os pacientes de doenças reumatológicas autoimunes devem consultar seus médicos sobre a vacinação, por exemplo, para considerar se a vacina é feita com microrganismos vivos ou mortos. “Vacinas com microrganismos vivos devem ser evitadas por estes pacientes que fazem tratamento imunossupressores. O médico deve ser consultado e é ele quem irá autorizar ou não a vacina. Como exemplo, podemos citar as vacinas contra a febre amarela, a rubéola, o sarampo. As vacinas com microrganismos mortos, como contra a gripe (Influenza), pneumonia, meningite e hepatite, não apresentam riscos e são recomendadas para reumáticos, mesmo em tratamento com imunossupressores”, orienta a Dra. Ingrid.

Por fim, a médica do CID Grupo orienta que os pacientes autoimunes se vacinem de duas a quatro semanas antes de iniciar o tratamento com imunossupressores. “As vacinas inativadas, ou seja, as com microrganismo mortos, podem ser administradas depois, mas terão um efeito menor”, finaliza ela.


Eliminando 3 mitos sobre o lúpus

O lúpus não é uma doença exclusivamente feminina, restrita ao grupo de mulheres entre 13 e 35 anos. Além disso, sim, mulheres com lúpus podem engravidar, ao contrário do que muita gente pensa e divulga. Também é muito importante destacar que a doença definitivamente não é contagiosa, como se fala comumente por aí.

Estes são os três mitos sobre o lúpus que a Dra. Teresa Carbone, reumatologista do CID Grupo, faz questão de eliminar ao falar sobre a doença. Segundo ela, é muito importante acabar com estas falsas informações que acabam gerando muito preconceito com quem é acometido pela doença.

“É verdade que a maior parte dos pacientes acometidos pelo lúpus é composta por mulheres jovens, entre 15 e 35 anos. Mas isto está longe de ser uma regra definitiva. Homens com mais de 50 anos, por exemplo, também podem apresentar a doença. Mas de fato é preciso ser dito que para cada homem acometido, há oito ou nove mulheres com lúpus”, esclarece a reumatologista do CID Grupo.

Mulheres com lúpus podem engravidar

Outro mito que a Dra. Teresa faz questão de esclarecer é sobre o contagio da doença. “Isso não faz o menor sentido, não tem nenhum fundamento de verdade. É preconceito puro”, defende ela, pontuando, também, que mulheres acometidas pela lúpus podem engravidar, sem problemas. “A doença precisa, porém, estar controlada há ao menos dois anos e a paciente não pode ser portadora de alguma doença renal. Já o uso de anticoncepcionais deve ser avaliado pelo reumatologista”, avisa.

O que é lúpus?

A médica do CID Grupo explica que o lúpus é uma doença crônica, sistêmica e de causa desconhecida. “Os sintomas variam de paciente para paciente, como, por exemplo, manifestações na pele, dores articulares, anemia, alterações dos glóbulos brancos e plaquetas e, ainda, doença renal. O diagnóstico é feito a partir de exame clínico e laboratoriais e a doença tem tratamento, que deve ser individualizado. O paciente adotará uma dieta mais saudável, deve praticar exercício físico regular e tomará remédios específicos. É sempre bom lembrar que a exposição ao sol deve ser evitada. Recomendamos, também, o uso de bloqueadores solares”, explica ela.